segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Brad Pitt em Corações de Ferro

"Para deixar minha família, tem que ser um projeto que valha muito a pena”, afirma Brad Pitt

Brad Pitt chegou em um ponto da carreira em que pode escolher os filmes que quer participar, sem perder o foco na família

Brad Pitt na GQ Brasil de fevereiro (Foto:  Mark seliger)

Estamos na entrevista com Brad Pitt para a divulgação de seu mais novo filme,Corações de Ferro, com estreia prevista no Brasil para 5 de fevereiro. O cenário é um galpão no Tank Museum, em Bovington, sul da Inglaterra, berço dos primeiros tanques de guerra e local que abriga uma das mais completas coleções dessas máquinas no mundo. Pitt aparece vestido de cinza, com uma camiseta de gola V mais clara sob uma camisa aberta com punhos desfiados. Por cima, um blazer chumbo ligeiramente amarrotado. E, de quebra, um inusitado chapéu trilby laranja. Inicialmente, o look relaxado do ator contrasta com sua atitude.

O Brad Pitt que surge diante de cerca de 50 jornalistas de várias nacionalidades é um homem tímido, protegido por um batalhão de assessores de ouvidos aguçados, prontos para barrar qualquer pergunta indiscreta. Mas o Brad Pitt que responde às questões é um cara simpático e brincalhão, que olha seu interlocutor nos olhos e não se acanha em burlar os mesmos assessores caso queira falar sobre algum assunto mais delicado ou deixar suas declarações muito bem explicadas.


Afinal, aos 51 anos, sendo um dos homens mais famosos e desejados do mundo, casado com uma das mulheres mais famosas e desejadas do mundo, e tendo quase 70 filmes no currículo, um Oscar como produtor e milhões de dólares no banco, ele sabe que pode fazer o que tiver vontade. E sua vontade neste dia é ajudar a emplacar Corações de Ferro nos primeiros lugares das bilheterias e, quem sabe, no pódio da aguardada temporada de premiações de Hollywood.

O filme, que tem como pano de fundo os dias seguintes ao fim da Segunda Guerra Mundial, rompe com os tradicionais roteiros do gênero ao olhar para um dia na vida de um pequeno batalhão de soldados americanos encarregados de avançar com um tanque pela Alemanha derrotada. Pitt é Wardaddy, o comandante veterano e embrutecido que se depara com a tarefa de incluir no grupo um jovem inexperiente, vivido pelo promissor Logan Lerman. O astro é sério ao comentar sua opção por investir na ideia como produtor executivo e ser seu protagonista. 
Brad Pitt na GQ Brasil de fevereiro (Foto: Mark Seliger)

Os outros atores, todos eles trabalhando com Pitt pela primeira vez, não se cansam de elogiar sua generosidade e seu entusiasmo antes e durante as filmagens. “Quanto mais chovia, quanto mais frio fazia, quanto mais desconfortável e desagradável a situação, mais feliz ele ficava”, revela Jon Bernthal, mais conhecido como o Shane do seriado The Walking Dead. “E eu pensava: ‘Mas ele é o Brad Pitt, cara!’. Ele podia muito bem ir para o trailer dele, chegar só na hora de filmar. Mas não. Ele ia para a lama com a gente. Ficava no tanque cozinhando, comendo e dormindo com a gente.” 
E é este Brad Pitt gente-como-a-gente que transparece quando ele fala da infância em Springfield, no Missouri, e de como descobriu o cinema. Mais velho de três irmãos, filho de um gerente de transportadora e de uma psicopedagoga, acompanhava os pais às missas de domingo, mas também aos muitos cines drive-in locais. “Minha mãe fazia a pipoca e ficávamos todos no capô do carro, assistindo àqueles filmes que meu pai escolhia: coisas como Butch Cassidy e tudo o que Clint Eastwood estrelava. O cinema era a minha janela para o mundo”, conta.
Fonte: GQ

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